NOTÍCIA – UFPR/ITTI percorre Rio Miranda para estudo de viabilidade da Hidrovia do Rio Paraguai

Com esta coleta de dados, os levantamentos de campo do EVTEA do Rio Paraguai estão concluídos

Pesquisadores responsáveis pela elaboração do Estudo de Viabilidade Econômica Técnica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai percorreram, durante três dias, cerca de 300 quilômetros do Rio Miranda, em Mato Grosso do sul, para avaliar condições de navegabilidade deste trecho da Hidrovia. O estudo é realizado pela Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI).

A equipe investigou o intervalo do rio entre o município de Miranda (MS) e a foz do Rio Paraguai. Foi realizada a medição longitudinal da profundidade para avaliar os locais críticos de navegação na Hidrovia. Além disso, foi realizado também um levantamento das pontes ao longo do Rio Miranda e das altitudes dos vãos centrais para identificar em quais condições as embarcações podem navegar.

Também foi realizada a implantação de uma Referência de Nível (RRNN), utilizando técnicas de nivelamento trigonométrico e geodésia espacial, para obter informações sobre o desnível do Rio, entre Miranda e o Passo do Lontra, e entre o Passo do Lontra e o Rio Paraguai. “Isso serve para saber qual é a intensidade que a água escoa e outros detalhes hidrológicos. Mas o foco do trabalho de campo foi a batimetria longitudinal para verificação dos trechos críticos da navegação. Aproveitamos a ida para obter mais dados, caso sejam necessários mais detalhamentos depois”, explica o engenheiro ambiental Henrique Guarneri.

Com a conclusão desta atividade, os levantamentos de campo do EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai estão finalizados. Anteriormente, os mesmos levantamentos foram realizados nos tramos Norte e Sul do Rio Paraguai (de Cáceres a Corumbá e de Corumbá a foz do Rio Apa, respectivamente), e no Rio Cuiabá, de Porto Cercado até o Rio Paraguai.

Segundo Guarneri, a próxima etapa será avaliar os dados coletados e definir os trechos críticos que devem receber alguma intervenção, seja por meio de dragagem ou outras soluções hidrológicas, como a implantação de espigões e outros tipos de soluções. “Após definição dos trechos, estima-se o volume total de dragagem que será necessária. Do Rio Paraguai a definição está concluída, enquanto a do Rio Cuiabá está sendo desenvolvida”, informa.

Sobre o EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai é resultado da cooperação entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e a Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI) e está sendo realizado por uma equipe multidisciplinar entre Cáceres/MT e a Foz do Rio Apa, em Mato Grosso do Sul.

A Hidrovia é um dos mais extensos e importantes eixos continentais de integração política, social e econômica (1.720 km em território brasileiro). Juntamente com o Rio Paraná totaliza 3.442 km, que cortam quase a metade da América do Sul, desde Cáceres, até Nova Palmira, no Uruguai.

EVTEA Hidrovia do Rio Paraguai

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai está sendo realizado por uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI),  entre Cáceres/MT e a Foz do Rio Apa, em Mato Grosso do Sul.

A Hidrovia é um dos mais extensos e importantes eixos continentais de integração política, social e econômica (1.720 km em território brasileiro). Juntamente com o Rio Paraná totaliza 3.442 km, que cortam quase a metade da América do Sul, desde Cáceres, até Nova Palmira, no Uruguai.

EVTEA

Os objetivos do EVTEA são:

  • Identificar o fluxo de cargas e o potencial de crescimento de navegação no Rio Paraguai;
  • Detectar passagens críticas que necessitem de melhorias (geométrica, sinalização e profundidade);
  • Identificar potenciais cargas (minérios e agronegócio);
  • Investimentos: apontar áreas propícias para a instalação de novos terminais e áreas que necessitem de dragagens;
  • Desafios: verificar soluções para ampliação da conectividade e para cargas de retorno;
  • Avaliar a infraestrutura que já existe ao longo da Hidrovia (portos e desempenho no carregamento e transporte de cargas).

A partir dos conhecimentos aferidos nos levantamentos serão estudadas e projetadas as potencialidades futuras da Hidrovia, principalmente no que diz respeito as ações de melhoria da navegação, absorção de cargas regionais e reestruturação dos portos e terminais de cargas.

Ganhos

Entre as vantagens do transporte de cargas por hidrovias estão:

  • o menor custo;
  • a menor emissão de poluentes;
  • a redução do tráfego e do número acidentes nas rodovias regionais.

No modal hidroviário, o gasto com combustível e a consequente emissão de CO2 é 20 vezes menor que no modal rodoviário.

Veja este exemplo: enquanto uma carreta transporta até 26 toneladas de carga, uma barcaça tem capacidade para 900 toneladas.

Para transportar esta carga, um caminhão gasta 390 litros de combustível a cada mil quilômetros. Na hidrovia, para transportar a mesma quantidade, o gasto cai para 104 litros a cada mil quilômetros.

Tabela Comparativa

Meio ambiente

Na área ambiental, o EVTEA busca identificar os impactos gerados pela implantação e operação da Hidrovia, além de indicar procedimentos que possam diminuí-los ou evitá-los. Em especial porque o Rio Paraguai corta o Pantanal, bioma que reúne quase 900 espécies de animais e 3.500 espécies de planta – a maior área alagada do mundo, tombada como Patrimônio Natural da Humanidade.

RELEASE | Em MT, UFPR/ITTI realiza reunião participativa para apresentar EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai

Release divulgado em 30 de abril de 2015

Encontro foi realizado em Tangará da Serra e reuniu produtores rurais 

A Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), promoveram uma reunião participativa em Tangará da Serra (MT) na qual foi apresentado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Hidrovia do Rio Paraguai (EVTEA). O encontro reuniu cerca de 50 produtores rurais no Sindicato Rural do município.

Em reunião participativa , pesquisadores falaram sobre andamento dos estudos e receberam sugestões da comunidade local. Foto: Divulgação - UFPR/ITTI

Os pesquisadores da equipe do EVTEA apresentaram aos participantes todos os aspectos englobados no estudo que avalia as condições de navegabilidade do Rio Paraguai no trecho que vai de Cáceres, em Mato Grosso, até a foz do Rio Apa, em Mato Grosso do Sul, em um total de 1.272 km.

O público teve a oportunidade de conhecer os pontos positivos e as dificuldades que estão sendo levantadas pelo EVTEA no trecho brasileiro da Hidrovia, como as áreas que necessitam de dragagem, a infraestrutura física, como os portos, as intervenções necessárias e os aspectos econômicos e de logística. Atualmente o canal é utilizado basicamente para o transporte de minério, que corresponde a 95% da carga transportada, no entanto, existe o grande interesse do transporte de grãos.

Segundo o assessor jurídico do ITTI, Ruy Zibetti, a reunião participativa foi realizada para promover a participação social no estudo e para que os pesquisadores pudessem colher sugestões da comunidade, especialmente dos produtores rurais, um dos públicos mais interessados na viabilidade da Hidrovia, que pode facilitar o escoamento de grãos produzidos no Centro-Oeste do país. “É preciso apresentar todas as informações com transparência para que as diferentes posições se encontrem e haja desenvolvimento. E no caso especifico da Hidrovia, estamos falando do desenvolvimento regional, que precisa dessa contemplação, que precisa desse apoio, que precisa respirar com ares de cidadania. O mato-grossense merece isso há muito tempo”, afirma Zibetti.

Para o presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra (MT), Vanderlei Reck Junior, a reunião foi muito interessante para os produtores porque a Hidrovia é uma reivindicação antiga do setor agrícola em Mato Grosso e com o encontro foi possível se atualizar sobre o que está sendo feito com relação ao Rio Paraguai. “A Hidrovia do Rio Paraguai significa muito para o nosso estado de ponto de vista econômico, ambiental e social. Nós ficamos muito satisfeitos com o que ouvimos, porque praticamente estávamos nessa luta há muito tempo sozinhos. Nós saímos da reunião muito confiantes, porque sabemos que temos pessoas sérias, comprometidas com o nosso país e comprometidas com o sucesso de uma sociedade, toda uma comunidade. E nós sabemos que as estradas do nosso país estão um caos, ‘cada dia acidente’, perdendo os amigos, familiares a todo o momento, então a hidrovia vai colaborar com estes três fatores, o que é muito importante”, ressalta Reck Júnior.

Na avaliação do coordenador Executivo do Movimento Pró Logística na Aprosoja, Edeon Vaz Ferreira, a reunião foi excelente, principalmente por causa da parte técnica de alto nível. “Nós temos agora que alinhar e dar continuidade, o trabalho está ficando muito bom e o Movimento Pro Logística pode contribuir com a parte prática e essa é a razão de termos combinado uma reunião em Curitiba, onde vão estar técnicos e lideranças do movimento da Aprosoja para que a gente possa debater esse alinhamento”, ressalta.

NOTÍCIAS DO EVTEA | Dnit e UFPR/ITTI realizam reuniões de acompanhamento do EVTEA do Rio Paraguai

Nota publicada em 15 de abril de 2015, no Portal UFPR/ITTI

Representantes do DNIT realizam reunião de avaliação do EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai
Representantes do DNIT realizam reunião de avaliação do EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai. Foto: Divulgação UFPR/ITTI

Representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se reuniram em Curitiba para uma avaliação técnica do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai, que está sendo elaborado pela Universidade por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI).

Segundo Paulo Godoy, diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, as reuniões são realizadas mensalmente e são importantes para levar aos realizadores do projeto a visão do Dnit, avaliar, esclarecer dúvidas e integrar a equipe. “Atualmente, outros dez EVTEAs estão em elaboração no país, então procuramos equilibrar o andamento e resultados de todos os projetos”, detalha.

O estágio de desenvolvimento do EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai está em cerca de 60%, avalia o coordenador. “Atualmente estão sendo estabelecidas rotas. Depois serão feitas as projeções de cargas até 2035, a definição de projetos, localização dos portos e rotas hidroviárias para o cenário futuro, quando o governo deve investir mais em hidrovias, e reforçar as ferrovias e rodovias”, comenta.

O EVTEA segue dentro do esperado, segundo Godoy. “Está indo muito bem, os profissionais aqui são bem qualificados e têm apresentado a contento o resultado dos trabalhos”.

A reunião é relevante para levar à direção do Dnit e ao Ministério dos Transportes informações se o trabalho está andando dentro do esperado, dentro dos prazos estabelecidos no termo de cooperação, se está tudo dentro das expectativas de resultado.

DESTAQUE | Hidrovia do Rio Paraguai, objeto de estudo da UFPR/ITTI, é destaque no Globo Rural

Publicado em 26 de janeiro de 2015 no Portal UFPR/ITTI

Hidrovia na globo

A Hidrovia do Rio Paraguai é uma das mais extensas e importantes de integração política, social e econômica do continente. Ela corta metade da América do Sul, vai desde a cidade de Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai.

Essa gigante, que atravessa cinco países (Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai), é objeto de estudo da Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI).

Uma equipe multidisciplinar da UFPR/ITTI trabalha há meses na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental do canal (parte brasileira da hidrovia, que vai de Cáceres até a confluência com o Rio Apa, em um total de 1.272 km de extensão). O resultado será um diagnóstico completo da navegabilidade da Hidrovia.

Quer conhecer melhor o Rio Paraguai? Confira a matéria especial produzida pelo programa Globo Rural.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Assessoria de comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
(41) 3226-6658 | comunicacao@itti.org.br

 

REPORTAGEM | EVTEA do Rio Paraguai realiza expedições técnicas

Reportagem veiculada em 15 de dezembro de 2014, na TV UFPR.

O Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) do Rio Paraguai, projeto que está sendo elaborado pela Universidade Federal do Paraná por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), foi destaque no jornal UFPR Notícias da última sexta-feira, dia 12. No EVTEA são realizadas diversas expedições técnicas, os profissionais do ITTI passam vários dias embarcados em navios da Marinha do Brasil e percorrem vários trechos do Rio Paraguai e seus afluentes para realizar estudos in loco.